Minha identidade é só o que me resta Não sou daqui eu sou de outra floresta Eu tô olhando mas não vejo nada Minha retina tá nublada Minha, a onda é minha e nada mais me interessa Mas ver você dançar é uma festa Uma luz pra essa alma atormentada Que anda perdida no meio de tanta gente É tanta gente que precisa comer Só você vendo pra você entender Não pega bem ficar indiferente Se a corrente quando vem te leva Faça comigo amor não faça guerra Não é reclame, nem é propaganda Porque o mundo aqui dessa varanda Até parece bem pequeno E mesmo que o deserto esteja em toda parte Um dia a gente vai viver em marte Ou quem sabe noutra parte do infinito Um novo abrigo pra recomeçar Reinventar nosso dna Uma nova chance pra humanidade Achar o ponto do seu equilíbrio Enquanto isso eu digo que ela é minha