Farinha no pão para multiplicar Milagre do pão para se dividir Um cesto de pão a nos alimentar A fé que não pode nem deve cair Fermento no pão para fazer crescer Bocado do pão para se repartir A falta do pão poderá nos fazer Perder a coragem até diminuir O fardo só vem prá quem pode segurar Quem vê mais além adiante da escuridão Na lente onde tudo se espia O futuro a nos alcançar Sem dor e sem aflição Que é que há que é que tem Qualquer coisa já serve prá comer Que é que há que é que tem Se não tem o que há de se fazer No redemoinho que a vida nos fez Voando no véu do destino Vagando a sós No olho do furacão