Trem de ferro de aventuras e desejos De alegrias, devaneios que se vão Vêm casas tão desertas Passam risos tão depressa Voam almas mas a minha não Pela lente da janela brilham cores Correm léguas que desviam minha visão Estou sempre à frente Ou será que toda aquela gente Têm o meu passado em suas mãos Sob o céu Sob as montanhas Das alturas vejo um rio Em sinuosa solidão A lembrança tão veloz O apito, minha voz Que sem querer desperta uma saudade Que fez morada em meu vagão