Eu trago sangue crioulo O meu gateado também Seguimos no mesmo campo Cuidando o gado de alguém Tenteando uns cobre mais forte Melhora dos dias que vêm Pra quem madruga estrivado O dia empeça mais cedo Buçal destino campeiro Recorrrendo fundo de campo De parceiro, os cusco oveiro E um velho cabelos brancos Ah, meu Rio Grande Destas tantas invernadas Do berro grosso de touro Dos fletes baios e mouros Das marcas lavradas no couro Sobre a anca da manada Ah, meu Rio Grande Querência minha e de Deus Das estâncias bem povoadas Da peonada bem montada Em crioulos de cola atada Querência minha e dos meus Cosa linda, meu Patrício Repontar o gado pampa Repassar grota e restinga Várzea larga, e corredor Batendo espora e cincerro Nos flecos do tirador No campo tudo é peleia Toda hora, o tempo inteiro Cai a tarde, volto “às casa” Cevo um mate, “guardo as garra” E sigo cantando milonga Ao compasso da guitarra