Penumbra

The Young Martyr

Penumbra


I remember 
Your heavenly face underwater
Admiring its whiteness 
Under the moon rays 
And the life going out 
Of your magnificent wounds
Wraps up of red your naked flesh

On your pearly nails, the subdued light
Gleam under water in a deep silence
And your veins, in a complexe network
Draw on your skin tree roots

You who sleep for ever 
In your cold shroud
Shall the disgrace fall on 
Your holy misfortune

Which sentences for its crime
Your suicided spirit
And puts on its face
An accusing appearance

You, who sleep for ever 
In your cold shroud
Shall the disgrace fall on 
Your holy misfortune

Your dark hair, as an oil slick
Stays on the surface, refusing to sink
It tries to make believe of a last hope
It dances on the waves, unlifed, unlifed

Lembro-me
O seu rosto celestial debaixo d'água
Admirando sua brancura
Sob os raios da lua
E a vida saindo
De suas feridas magníficas
Envolve de vermelho sua carne nua

Em suas unhas de pérola, a luz moderada
Brilha debaixo d'água em um silêncio profundo
E suas veias, em uma rede complexa
Desenham em sua pele raízes de árvore

Você que dorme para sempre
Em seu manto frio
Deverá a desgraça cair
Seu infortúnio sagrado

Que pune por seu crime
Seu espírito suicidado
E coloca em seu rosto
Uma aparência acusadora

Você que dorme para sempre
Em seu manto frio
Deverá a desgraça cair
Seu infortúnio sagrado

Seu cabelo escuro, como uma mancha de óleo
Permanece na superfície, recusando-se a afundar-se
Ele tenta fazer crer de uma última esperança
Ele dança sobre as ondas, sem vida, sem vida