só num pé testei o equilíbrio duma corda que molhada ardeu; andei pela muralha de um quintal caí numa falha falsa de um degrau; pudera saber levitar e assim fugir desta casca que sufoca. deitei-me debaixo do teu arfante paladar um viciado eleito que nada pôde fazer fui lacrado em vinil por beijos de embalar uma ratoeira cega prende sem olhar a quem seja. na ponta da língua mel em chama; bifurcada solta enganos mil. tenho linha e um botão a mim cosidos que me prendem e não me soltarão. quero de volta o pulso e a alegria de escutar uma palavra solta adocicada e cruel. fui lacrado em vinil por beijos de enganar acorrentado e preso fico quieto e sempre à espera como barro em mão alheia lama de moldar.