Quantas madrugads frias Colecionando fantasias Pelas noites eu seguia Um boêmio, um qualquer Sem saber da vida o segredo Eu seguia sem ter medo Toda noite um brinquedo Nas mãos de uma mulher Sentado no topo da mesa Com um porte de nobreza Eu sorria da tristeza Desafiando a razão Tratando a vida com egoísmo Os conselhos com sinismo Fui cavando meu abismo No declive da ilusçao Hoje sem o calor de um afeto Vou seguindo no deserto Que o desino me legou O silêncio dos caminhos Prova que eu estou sozinho Nem um amigo me restou Todos foram amigos do dinheiro Os amores passageiros Só brincaram de paixão Ontem quem julgava o rei da festa Hoje é um pobre que contesta O tudo que lhe resta O vazio da solidão Hoje sem o calor de um afeto........