Todo dia é a mesma coisa Acorda, levanta, se apronta e sai Olha no espelho e não reconhece A mesmice de seus olhos cansados Ônibus, metrô, carro e buzina Onde os sonhos estão na sua vida? Na sua vida Frustração, depressão, lucidez Bate o cartão no ponto toda vez Segue o gado, segue o gado Não deixe a boiada passar Segue o gado, obrigado Agradeça por poder pastar Sempre andando pelas ruas Vagando nas noites escuras, a pensar Lembrou de quando ainda acreditava Em tudo que um dia iria se tornar Mas hoje a vida é passiva, virou escravo da rotina Tão nociva Esqueceu, preferiu apagar os rastros de quem era Não dá mais O único remédio pra sobreviver é parar com tudo isso e começar a viver Segue o gado, segue o gado Não deixe a boiada passar Segue o gado, muito obrigado Agradeça por poder pastar O único remédio pra sobreviver é parar com tudo isso e começar a viver