Sou colibri de pena verde Admirador da rosa branca Que aguça a minha sede E confissões de mim arranca. Vai exalando o teu perfume E me faz o teu prisioneiro Um poeta cheio de ciume E um colibri cancioneiro. O jardim se torna grande E a rosa bem mais distante A saudade cresce e espande E judia de mim bastante. Até o orvalho me insulta Ao molhar a branca rosa Da minha alma muda a conduta Branca flor esplendorosa. Esse colibri só te quer bem Por favor não fuja de mim Senão vou da minha razão alem E colocar cerca no meu jardim. Todo o que ecrevi e já disse Está longe de ser tudo O que merece a doçura e a meiguice Da mais bela flor do mundo.