Cai lentamente a luz do dia Pesa-me e penumbra, cansa-me esta espera Cresce cá dentro de mim A inquietação por te ver Um dia passou Neste relógio de passo lento Neste silêncio Só conto ao tempo a tua ausência Na minha vida parada, vazia Só espero a hora de te ver Numa parede desliza a sombra Nasce um novo muro longo e tão frio Vai-se turvando a razão Vai-se apagando o meu ser