Pedro Jobim

Insônia

Pedro Jobim


Toda noite, toda noite sinto aquele beijo e percebo que não ta aqui
Hoje, logo hoje o dia se apressou, a noite arde o peito, eu tenho que dormir
No campo um carneiro doido se enfeita de pluma, se acha pavão
E até a morte, até a morte da bezerra me lembra você, que solidão

E a saudade, que saudade de sangrar e morrer nos teus dentes
Que vontade de me enrolar nas tuas pernas e me perder
Sem entender direito a fragrancia de amor que exala da gente
Ta ruim de cair no sono, o sol sorri, preciso te esquecer

O amor é o intríseco apogeu de nossas almas
Que nos leva ao paraíso apesar da perdição
Um som ribombante que desnorteia se não falha
E basta a nós pensa-mo-lo que ja dispara o coração