Sou refinado igual mendigo num domingo radiante Misturado com a importância de ser desimportante Assaltante, de pensamentos maldosos Vendendo os mesmos pensamentos para outros criminosos Pensamentos de lamentos elegantes, vida incerta Esses pensamentos eu vendo para os poetas São as metas, que definirão quem é você Pra ser um vencedor é preciso querer vencer Nos dias úteis sou herói, nos inúteis fui em festa Não vou me aproveitar do seu amor, não presta E nem que você, se aproveite de mim Em história de glória, sou a trégua, o estopim Aguerrido, no dia corrido, filho da coragem Entre centavo exigido, verme corrigido, na viagem Nítida, é o caminho pra verdade Sem Báskara ou máscara, só realidade No meu caminho acompanhado ou sozinho, flor, espinho Amor e ódio na cumplicidade de um vinho Sou assim Só não me peça pra gostar de quem não gosta de mim Sou anjo, arcanjo, marmanjo, caído do céu Sou julgado, enquadrado, transformado em réu Mas não se engane, dignidade aqui se tem Porém, por ser favelado pra muitos não sou ninguém Desculpa meu bem, meu bem, sou assim Em momento de sentimento sou o começo e o fim Sou tudo aquilo, que eu sempre quis Em história de glória, sou a trégua, o estopim Desculpa meu bem, por ser assim Mas meu desejo, o que almejo é no cortejo, ter seu beijo no jardim Enfim, a mente descansa num bom lugar A alma alcança a lança, bonança pra esperança prosperar Me preparar, não vou mudar Eu gosto de como eu sou, é hora de acordar Sou assim Só não me peça pra gostar de quem não gosta de mim No meu caminho acompanhado ou sozinho, flor, espinho Amor e ódio na cumplicidade de um vinho Sou assim Só não me peça pra gostar de quem não gosta de mim