Minha gente a história todos conhecem Quem escuta não esquece o nome de pai João Que no passado ele foi o rei dos carreiros E eu fui seu candeeiro no tempo da escravidão Hoje em dia só a saudade ficou Do tempo que já passou, só resta recordação Sua boiada, os teus campos se perdeu Outros pro corte vendeu só resta o carretão Já estou velho, de sofrer estou cansado Do patrão fui dispensado veja só a minha sorte Morreu pai João, velho carreiro querido Meus dias estão vencidos espero somente a morte Empurrado pela estrada da vida Minhas pernas enfraquecidas, hoje não sou mais ninguém Quando eu morrer meu Deus pai da geração Pra onde foi pai João é onde quero ir também