Nasci como nasce um filho de índio Criei-me no regime que é do sertão Com chapéu de couro e peixeira na cinta Gosto do traje que tinha o lampião Trazia a guaiaca cheia de bala Revólver schimidt de marca alemã. Eu ia em catira sem me convidar Fazia arruaça de prevenção Batia em violeiro que fosse marrudo Quebrava a viola e parava a função Se o dono da festa quisesse achar ruim Entrava no cano do meu garruchão. Dentro de venda eu entrava a cavalo Corria e descia as garrafas no chão A pinga no copo em mexia com a faca Comigo bebia qualquer valentão Se ele enfrentasse eu jogava na cara De cabra valente eu batia a facão. Um dia encontrei o tal do malandro De faca na cinta e porrete na mão Eu bati o pé o malvado correu Errou o caminho e bateu no portão; Deixou o paletó enroscado na cerca Pra ele acabou sua fama de bão.