Quando eu tinha quinze ano O meu velho pai falou Meu filho, seja um violeiro É o conselho que eu te dou Esta viola que eu tenho Que sempre me acompanhou Eu te darei de presente Pra você eternamente Relembrar quem te criou Imaginei a minha vida Meus planos foram traçado Pedi bênção a meus pais Deixei meu rincão amado Pra mim seguir o conselho Que meu velho tinha dado Com a viola na mão Fiz a minha embarcação Pra São Paulo destinado Ao chegar na capital Fiquei triste de repente Vivendo em terras estranhas Sem ter amigo e parente Com apenas quinze ano Dos meus pais fiquei ausente Mas a verdade eu confesso Ser violeiro e ter sucesso Era o que eu tinha na mente Na vida de violeiro Passei trabalho e tormento Mas para vencer na vida Eu tive força e talento Somente minha viola Sabe meus padecimento Só ela me consolava Às vezes quando eu chorava Nas horas de sofrimento Com o decorrer do tempo A sorte me protegeu Pelo rádio e gravação O sertão me conheceu Bons programas e bons amigos Tudo me favoreceu Quando a gente se consola No gemer desta viola Que meu velho pai me deu