Pensando no velho mundo Também na evolução Eu voltei para rever O meu pedaço de chão Terras que me viu nascer Oh! Meu Deus que tempo bom Ao ver a realidade Chorei a dor da saudade Foi triste a desilusão As terras que produziam O arroz e o feijão Estão abandonadas Pelos filhos do patrão Boiada não existe mais Lá pra aqueles chapadão E o velho berranteiro Que foi um herói guerreiro Perdeu sua profissão A colônia da fazenda Aonde meus pais moravam No meio a capelinha Que nos domingos rezavam De cipó toda cobriu Ali tudo é um vazio A velha biquinha d’água Murmura desesperada Chorando por quem partiu O cantar da passarada Também já diminuiu Voaram pra outras bandas Não sei que rumo seguiu O inhambu e a codorninha Não se vê mais o tiziu Com a falta da palhada Seguiu ao rumo do nada Meu sertão ficou vazio