Claro que eu prefiro o certo Claro que eu escolho o perto Claro que eu procuro o centro O ponto entre o norte o sul Claro que eu persigo a luz do farol Claro que eu protejo a isca do anzol Claro que eu prefiro a casa no chão Uma alma que eu arranho o céu Claro que eu escolho as regras do amor Mesmo na perturbação de sua dor Ou no gesto que desprende o riso Que redime e reconstrói meu olhar Claro que eu cultivo a rosa De perto todo verso é prosa Nas conjugações do tempo Pretérito do amor meu lar Claro que eu me rendo ao ser ou não ser A questão me leva a esclarecer Onde houver a verdade O quanto custa ser quem sou Claro que eu descredencio ilusões Encolho a lucidez em meio às paixões Peço uma benção pro futuro E deixe que o passado possa ensinar Claro que eu escolho o bem que ficou A lição que a dor em mim registrou A regra que me leva adiante E a voz que me convida a voltar Claro que eu cultivo a rosa De perto todo verso é prosa Nas conjugações do tempo Pretérito do amor meu lar Claro que eu descredencio ilusões Encolho a lucidez em meio às paixões Peço uma benção pro futuro E deixe que o passado possa ensinar Claro que eu escolho o bem que ficou A lição que a dor em mim registrou A regra que me leva adiante E a voz que me convida a voltar Claro que eu prefiro o certo