Depois de tanta hostilidade O dia insiste em raiar A incerteza permite sorrir E a fé me faz sonhar É nesse lugar intermitente Cheio de dor e desilusão Que a Lua brilha sem vergonha De ser uma alucinação -Donde vem o soldado? -Vem dos braços doces da amada E se Deus esquecer de nos acalmar A gente continua a lutar Não é território desconhecido É o nosso lar, a nossa terra Apagam-se as luzes e começa o espetáculo Quem nos faz de palhaço? Olha que imagens tocantes A guerra parece sempre tão real Nunca vai ser o bastante Pois nesse lugar estonteante O desconcertante Ínfimo e errante É sempre a última chance Desloca o futuro para perto de nós Há alguma sabedoria em ser são? Junta as coisas que te desperta Somos tão orgulhos da nossa própria criação! E essa é só mais uma canção Do amor quem sabe somos nós Dentro dessa vida atroz Essa é uma canção ínfima Mas o nosso pranto vale mais! Bem mais!