Paulo Nazareth

Eu Na Sua Pele (part. Gerson Borges, Salomão e Kivitz)

Paulo Nazareth


Me dizem: Eu, na sua pele, não faria assim
Mas pera aí, bem que pode ser, meu bem
Exatamente, cada um é cada um
Já reparou? Todo mundo é único
Não tem ninguém figurinha repetida

E isso é lindo, essa riqueza
Por ser diverso, tanta beleza

Eu digo que você pra mim não é só problema seu
É meu também, já que é tudo nosso aqui
Se você chora, choro junto com você
E fico assim, por aqui ao seu dispor

Pra te ver bem, feliz
Pra te ver bem feliz
Pra te ver bem e feliz
Pra te ver bem feliz

Se der saudade, pode me ligar
Não se preocupe de incomodar
Eu pra você, você pra mim
A gente é feito assim
Eu pra você, você pra mim
A gente é assim

Daqui até depois do fim de tudo
Permanece o que nos une um ao outro

Há quem me chame de inocente por gostar de gente
E às vezes ouço que sou burro por amar bandido
Aí passa o mundão falido bem na minha frente
Cheio de gente inteligente que num abaixa o vidro
Porque tem medo de gente que é bem diferente
Desse tipo de boa gente que vai pra Paris
Sabe? Essa gente feliz, essa gente influente
Que diz que quem não é decente é porque não quis
Tem gente que aplaude gente que acorda indigente
Com água que não é quente no frio de SP
Tem gente que tem na pedra o alívio pra mente
Mas que se num for teu parente tanto faz morrer
Gente vestida de agente descarrega o pente
Em gente com dois detergente no seu camburão
De repente falta lente pra ser consciente
Que quando se trata de gente é do seu próprio irmão
Por isso eu digo

Eu digo que você pra mim não é só problema seu
É meu também, já que é tudo nosso aqui
Se você chora, choro junto com você
E fico assim, por aqui ao seu dispor

Pra te ver bem, feliz
Pra te ver bem feliz
Pra te ver bem e feliz
Pra te ver bem feliz