Soltei a corda pra sentir-te à distância Soltei o ar que eu sufocado não sentia Livrei a alma de teu carma soberano E senti que foi engano nossa história tão vazia Mas teu silêncio que enferruja mostra a cara Como uma faca sem bainha deito ao chão O mal me acorda e apresenta seu diário Como num confessionário me derrama a solidão Se fui a casa dos teus melhores momentos Te dedico meu lamento pela poeira no chão Se visto hoje esta aliança nos meus dedos É porque guardam segredos que me tiram da prisão Agora os dias já amanhecem mais cinzentos Agora a chuva já perdeu sua vaidade Lá fora a vida é mar aberto sem minha ilha Minha canoa sem quilha bebe aos goles a saudade Eu sou sincero cada vez que te odeio E se te quero sou sincero por demais Por que o amor que te desejo eu não tenho E só te amo na esperança de ter mais