Vou contar a historia de um taura, que gostava de muita festança Não perdia domingo de baile, entre os bichos era a liderança Foi criado pelos Sete Povos, desde cedo aprendeu sua dança Com a Cruz de Lorena no peito, toca gaita já desde criança (O bugio missioneiro é assim, te aprochega que o baile convida Segue o tranco do fole da gaita, que seu ronco é o compasso da vida) Foi chamado em São Nicolau, pelo padre Anselmo da Matta O acordo era catequizá-lo, estudar pra virar diplomata Disfarçado tratou cum chibeiro, comprou terno, sapato e gravata Mas o velho bugio missioneiro foi pra Serra fazer serenata Foi corrido abaixo de bala, de uma tropa que veio da Espanha Camuflado por entre os pelegos, esse taura fez outra façanha Arrumou uma fêmea uruguaia que gostava de comer castanha E no dia do seu casamento o bugio se bandiou pra Campanha Tinha sonho de andar a cavalo, só que isso era coisa pra rico Mal das perna a miséria era grande, trabalhou começou fazer bico Lá no campo o trabalho é pesado, seu patrão o chamava de mico O bugio missioneiro cansado veio se aquerenciar em São Chico