Me criei entre guarânias, batidas de um chamamé Tocava bombo leguero, nas tertúlias de santa fé Ouvia o cantar andino, de los laikas a guarany Cantava ao som das águas nas barrancas do taquari Sempre fui gaúcho taura, de beber e fechar o bordel Muita assado, carne gorda, e amigos tinha a tropel Acordava sem ressaca, prontito pra mais um trago Paiero ao canto da boca, nem reparava os estrago (Sem pensar nos compromissos, na volta de uma andança Não encontrei minha amada, nem sinal das minhas criança A vida perdeu o sentido, sem ela e os filhos meus Hoje sei que só estou vivo por ter encontrado Deus) Quando o vento bate a porta de um gaúcho sonhador O tempo traz a resposta nos versos de um trovador As lágrimas levam embora memórias do coração São como pelos na espora na vida de um redomão