Aquela dikota forte Aquele jeito raçudo A gente que vem do Norte Os damos que ficam mudos Aquela kubata antiga Aquela antiga esperança No vazio da barriga No olhar de uma criança Oh África Oh terra querida Oh África Oh terra Angola E aquele sujeito magro atrevido Com seu jeito bangão de quem sabe tudo Chega na casa do outro na hora Chora chora entra logo não faz cerimónia E no quintal uma velha tia batendo funge Com a mão na cabeça suspira cansada E ele de pronto se presta a ajudar Pega num banco pra cota abancar Pega num n’guiko e bate com n’guzu E nem dá tempo para recusar Uma bitola até vinha a calhar O amigo o tal o dono da casa Fica em brasa E diz que tem que ser ele a bater Mas o madié não desarma Bate uma calma Diz que não tem problema nenhum Ah ah tia traz mais um prato que chegou mais um Africa Oh terra querida Africa Oh terra Angola O Progresso e o Sambila Aquele amargo gosto Os trumunu lá da Vila O Petro e o 1º de Agosto Com os cambas lá do Rangel Faz tempo que já não saio Quem eu mais sinto na pele Meu querido 1º de Maio África Oh terra querida África Oh terra Angola Minha terra