Nos cordéis retorcidos das antenas Projetei meus desejos ancestrais Pelas linhas das minhas digitais Pluguei minhas saudades e outras penas E mandei para as redes as dezenas Em forma de poesia e de canção Quem me vê hoje na televisão Ou me escuta nos seus computadores Saiba que esse é o som das minhas dores Eletronicamentefeitoamão... Transportei o tambor dos desatinos Que em meu peito gritavam quase agônicos Para os equipamentos eletrônicos Do som “tecnopop” dos meninos Pus tempero e sotaque nordestinos Bem nascidos no barro desse chão Entre as ondas de coco e de baião Viajei na batida dos meus ais Por esses paraísos virtuais Eletronicamentefeitoamão Num esforço tremendo e sobre humano Com tecnologia, engenho e arte Eu mandei meu tormento a toda parte Lincando no martelo alagoano Arranquei da min’alma o desengano Cavalguei pelos bosques da amplidão Me lancei nas brenhas da ficção Na frequência de rádios dos radares Hoje chego nas salas dos seus lares Eletronicamentefeitoamão Num esforço tremendo e sobre humano Com tecnologia, engenho e arte Eu mandei meu tormento a toda parte Lincando no martelo alagoano Arranquei da min’alma o desengano Cavalguei pelos bosques da amplidão Me lancei nas brenhas da ficção Na frequência de rádios dos radares Hoje chego nas salas dos seus lares Eletronicamentefeitoamão