Por que padece tanto O povo de Olorum? Quando eu pergunto a Zâmbi Não tem eco algum. Por que tanto amargor? Por que, me diz, Xangô? Ô justiceiro, Por que ele é sofredor? Por que a paz não chega Ao coração Nagô? Quando eu pergunto, Escuto o seu bata-cotô. Por que que o baticum, Me diga agora, Ogum, Santo guerreiro, Tem que ser de lutador? Por que se diz que o preto Que é de cor? Por que que o Kêtu Tem que ter sinhô? Olorum, Oxalá, Zâmbi, ô! Por que que o Bantu Quer cantar o amor E o canto é de dor?