É que eu trago uma alma carpideira Que facilmente cai no choro Ah, estou cansada, dá um tempo! Ela ignora Leve, diáfana, atravessa a fronteira Faz-me perder todo o decoro Ah, escancarado sentimento! E a gente chora Por essa gente com dores, agruras Nuas de sonhos Cheias de desesperança Pela criança de olhar incerto Pelo deserto que cultivamos Regado com o sal de tantas lágrimas Tantas faltas Silêncio Mesmo chorando, minh’alma não se conforta Tampouco a dor do mundo sara Essa alma barata que se importa Sai-me tão cara