Enquanto escutas este acalanto, enquanto cresce a lua no céu, cresce também bem distante outra flor que ninguém conheceu. Na quebrada do rio, na beirada do olhar, cresce a flor que nasceu sem ninguém atinar, como fruto da terra, como beijo sempre vivo, vivo sempre a buscar a estranha flor que carrego na semente do amar, na semente do amarelo, na vertente do meu mar, onde escondida cresce essa flor que ninguém quer roubar.