As flores de Vandré Morreram pálidas Nas ruas cálidas De Berlim Sem cores nos sonhos Sem velhos senhores Cantos calados de pequim As flores de Vandré Morreram mudas Nas ruas surdas De moscou Ficaram nos campos E nas construções Ruínas do sonho que desmoronou Não se fala mais de flores Não se ouve mais canções Ninguém mais vai embora, nem faz a hora Não há mais sangue nas paixões Mas suas pétalas Bandeiras intrépidas Não florescem sem razões São argumentos Deslumbramentos Novas escolas Antigas lições As flores de Vandré Morreram céticas Nas ruas fétidas De hanoi Nos braços dados E amputados Dos seus velhos heróis Mas vou sim Vou ao mar Vou amar A maravilha De amar o mar