Risquei de espora Trotei o Rio Grande inteiro Pealando com sorte larga Abandonei o povoeiro Do campo me vim pro mato E me tornei prisioneiro Caboclo mão calejada Do rico chão brasileiro Aqui de joelhos agradeço ao Criador Ao meu santo protetor por me dar força e vontade Pois, na verdade, a saudade dói no peito Trouxe do Rio Grande o jeito de gaúcho lavrador Tiro da terra, sustento e prosperidade Não precisa faculdade quem nasceu trabalhador Não precisa faculdade quem nasceu trabalhador Risquei de espora Trotei o Rio Grande inteiro Pealando com sorte larga Abandonei o povoeiro Do campo me vim pro mato E me tornei prisioneiro Caboclo mão calejada Do rico chão brasileiro