[Dan Murata] Oh, Babilônia [Pateta Cód. 43] Em algum lugar do Brasil num barraco da quebrada Num quarto vazio e frio tem uma mente engatilhada Tem uma vela acesa, um oitão canela seca Um papel e uma caneta, uma Bíblia em cima da mesa Um sentimento de revolta que consome Esse consumo que te faz ser menos homem É o ódio devastando igual ciclone É a kriptonita acabando com o Super-homem Cada um tem sua crença, cada cabeça uma sentença Mundo de vaidade onde a inveja é uma doença Maldade que chega, invade sem pedir licença Não basta ser malandro, tem que agir com inteligência E taca fogo no boldin é o começo do fim Não importa o jardim toda flor tem seu espinho Tá na tela do plim-plim, alienação sem fim Da uma arruda aí pra mim que é pra espantar o Zé povin [Dan Murata] É preciso ter fé, pra sobreviver Oh, Babilônia [Pateta Cód. 43] Eu faço o meu próprio castelo, eu sou o arquiteto Tirando água de pedra e plantando flor do deserto Mais um sobrevivente da Babilônia selvagem Muitos como eu morreu no primeiro round A vida ensina a rua educa, ter disciplina e conduta Não abaixar a cabeça pra nem um filho da, Put* Que o pariu, olha o naipe, olha o perfil Os moleque adquiriu pedra de crack e fuzil Lá no fundão do Brasil eu já conheço a façanha Menos aluno na escola é mais um marginal em cana A fama, a grana e o drama, te joga na lama Confunde a mente insana do humilde Malakobama E já dizia a profecia que a tendencia é piorar E que os falsos profeta iam se manifestar As palavra tem poder isso é fácil assimilar Eu sei que ninguém nasceu programado pra mata-tá-tá-tá [Dan Murata] É preciso ter fé, pra sobreviver Na Babilônia