Por que a inclinação da carne, isto é, da natureza humana decaída no pecado, é um estado permanente de inimizade contra Deus? Depois de ter criado o primeiro homem, Deus plantou um jardim para ele, e o colocou no jardim, onde havia também plantado bem em seu meio, duas árvores excepcionais, a primeira, a árvore da vida, e a segunda, a árvore do conhecimento do bem e do mal. Ambas representavam Respectivamente, para o homem, a vida e a morte. E este significado não foi removido, e jamais será removido, até que tudo se cumpra, porque Deus tem colocado diante de cada homem, tanto a possibilidade da vida quanto a da morte. O homem, apesar de ter sido criado perfeito e bom, à semelhança do próprio Deus, sendo um agente moral livre tende, tal como Adão fizera, a se inclinar para buscar governar e não a ser governado; a fazer valer a sua própria vontade e não a do Criador; a ser independente e não a criar laços eternos de amor; e assim agindo, se envereda por causa de suas atitudes e comportamento pelo caminho que conduz à morte e ao sofrimento. Deus não criou o homem para que ele viva para si mesmo, senão para o Seu Criador. Não o criou para fazer a sua própria vontade, senão a do seu Senhor. Isto não é um capricho, mas uma demanda da vida, porque não pode haver vida eterna a não ser na comunhão do homem com Deus, participando da Sua natureza divina. Como pode o ramo viver Separado do caule que o sustenta?