Tanto João Batista, quanto nosso Senhor Jesus Cristo, quando proclamaram a salvação pela fé, ordenando aos homens que cressem no evangelho, ordenaram também, que tal fé fosse precedida pelo arrependimento. Porque sem arrependimento Não pode haver eficácia da fé para a salvação. Arrependimento vem de metanóia No original grego. E significa mudança de mente, Transformação da vida. Vê-se portanto que é muito mais profundo, do que meramente lamentar, ou mesmo deixar de praticar alguns atos maus, e trocá-los por atos considerados bons. O que está em foco é uma mudança radical de vida. Uma transformação operada na nossa natureza, pelo poder do Espírito Santo. O convite do evangelho ao arrependimento é portanto uma chamada à conversão, ao novo nascimento. Ao recebimento da natureza divina, pela qual é subjugada a nossa natureza terrena pecaminosa e perdida. E toda vez que a natureza terrena estiver prevalecendo, será também por renovados arrependimentos que se dará a sua derrota pela nova natureza divina, recebida no novo nascimento. O arrependimento verdadeiro nos conduz não somente à purificação do nosso coração como também à contemplação da glória de Deus em Cristo Jesus. É um meio que nos conduz à dependência do Espírito Santo, e à produção da vida espiritual do céu em nós, e não é portanto, como se costuma pensar um aperfeiçoamento do velho homem por meios carnais. Faça-se boa a árvore e o fruto também será bom. Mas de uma má árvore não se colhem bons frutos. Pois se trata de uma questão de natureza.