Entre minas e rajadas fui forjado na calada Cada queda me deu força contra o medo da derrota A prova exige o sangue mas não me entrego por nada Minha honra permanece viva mesmo com a alma morta Eles querem meu mal, me oferecem a espada Me dão esqueiro e gasolina, e plantam pura raiva Permaneço avulso já não penso no atacado Só atraco minha jangada nessa ilha isolado Ao lado não quero putas, pra falsos eu cavo covas Caveiras vejo voando, com a bomba que em mim se implanta Canta a anta a mentira que pira pela grana Cago pra esse retorno, só faço minha propria escola Minha obra prima eu construo em madrugadas frias Quando minha mente se livra e revive livre Mundo podre, coldre cheio soluciona agonias Sentido que já não existe, o que persiste é só o revide Vide bula não foi dito quando busquei o remédio Pra aliviar neuroses da minha falta de tédio Mas na jornada a caneta pesa e é isso não é facil Aço é necessário nos nervos pra não perder o compasso Esse que eu já eu girei eu cartolinas Com esquadro e escalimetro sozinho lapidando meu vazio Porque nada enche vácuo, só a luz que te transcende Que acende quando 'cê apaga o lado que te mata Cata lá de dentro do fundo da alma cada gota De esperança toda vez que cê toma um soco na cara Junta grão pro grão e faz a perola da ostra Porque na guerra vence nessa porra quem se prepara Separa do teu cerne o lado podre e joga na lata Na vida se toma murro revida com o dobro, mata Cata cada defeito e com efeito eles apaga Com a adaga corto o errado, gelado escuro na mata Só esperando pra da o bote, fico aqui no meu sigilo E aniquilo cada fera, adversário Nao lembraram nem do dia do meu aniversario E hoje vem da abraço com esse teu sorriso otário Amigos, nem no dedo conto, pra guerra eu sigo pronto Não importo com nada, antissocial sem desconto Monto meu próprio exército, com valores hieróglifos Com êxito tácito, tático, o meu estrito crédito Eu tô pronto pra guerra e não abaixo e guarda Cão que morde te rasga e também ladra As porradas que tomei só aumentaram a raiva O sangue da luta a sujeira da alma lava Eu tô pronto pra guerra e não abaixo e guarda Cão que morde te rasga e também ladra As porradas que tomei só aumentaram a raiva O sangue da luta a sujeira da alma lava Coleciono medalhas em cada cicatrizes Soluciono minhas falhas voltando nas raízes Dos problemas, temas, cenas dos esquemas da cilada Quem não treina nunca reina, vira hiena de balada Quando mais eu te motivo, me esquivo da porrada Tento ficar vivo a cada empenho madrugada Habituo a ter a quadrada de ferro outra com paginas Com marca texto pra no escuro serem encontradas Fui Cego montando lego atrás dos diamantes Correndo levando as dores dos amores no semblante A luzes da noite sem cores como amantes De um passado que o coite era meu único revigorante Atrás da fortuna meu peito tuna corro feito louco Na madrugada de Itaúna não acostuma com som rouco Como búfalo respiro me alivio continuo Nesse ritual sombrio, cala frio perpetuo E flutuo no meu caos interno dentro desse inferno Astral, extraio o mau em rabiscos no caderno Então decoro enquanto corro subo o morro acelerado Buscando o meu limite que nunca foi encontrado Me encontro ao lado de fantasmas e gatunos Almas recatas tipo eu com estilo noturno Me enfurno em pensamentos tento achar o caminho Da minha mente nesse turno taciturno estou sozinho Eu tô pronto pra guerra e não abaixo e guarda Cão que morde te rasga e também ladra As porradas que tomei só aumentaram a raiva O sangue da luta a sujeira da alma lava Eu tô pronto pra guerra e não abaixo e guarda Cão que morde te rasga e também ladra As porradas que tomei só aumentaram a raiva O sangue da luta a sujeira da alma lava Eu tô pronto pra guerra e não abaixo e guarda Cão que morde te rasga e também ladra As porradas que tomei só aumentaram a raiva O sangue da luta a sujeira da alma lava Eu tô pronto pra guerra e não abaixo e guarda Cão que morde te rasga e também ladra As porradas que tomei só aumentaram a raiva O sangue da luta a sujeira da alma lava