Pode me descer em favela, para eu vencer e sair dela Provar na cidadela que missão não é impossível Se for para descer em berço de ouro e ser Nutella Fico na fila de espera, porque jogo fácil não é meu nível Quero viver na terra, onde todos vão me julgar Por minha nascença na carência sem saber que vou brilhar Nascido para ser militar e patrulhar de parafal Forjado no ferro aos berros com carcaça de animal Sempre estarei do lado contra a escória de bandidos Nascer do lado e não tombar para o errado, corrompido Se morrer antes dos 30 novamente em meio uma poça De sangue, vou subir vibrando minha alma é casca grossa Sei que vão tentar me corromper e me tornar um fraco Vão tentar me vitimizar, sua pobreza é uma trapaça Mal vão saber que até minha alma tem uma tattoo no braço Da faca na caveira, então desça e mostre raça Até onde o corpo suporta, nos somos homens Depois disso é só pra monstros, com força de morsa O limite transmite dor, e os fracos somem Poucos em vida serão caveiras, isso é só pra casca grossa Eu não só desço e arraso eu subo e patrulho Nasço meio aos entulhos, quem é esse moleque sério Voo raso igual tucano precisando eu mergulho Sou um murro nesses bagulhos o início de um império Não aturo murmuro só ando ao lado de guerreiros Por isso durmo pouco desde garoto que muito esforça Pobre de herança duro vendo esgoto no terreiro Viro concurseiro louco, estudo até sair da fossa Quero viver os anos com meus planos vindo do zero Na roça de pão e circo no Brasil vai ser o jogo Sempre treinando estudando pois levianos não tolero Sangue PM sou sinistro e no circo taco fogo Nós que escolhemos a forma que queremos morrer Uns morrem lentamente quando escolhem o tempo Nesse pouco espaço escolho o que vou fazer Vou troca soco com demônios pronto pro enfrentamento Sou a alma que destaca senta a taca nas opaca Que na bad come Laka fica fraca opulenta Saca quem sai da maca e o ferro esmaga traga Uma caneta que escrevo uma saga de rap violenta Minha força não sustenta em quem passa um pano A riqueza é fraudulenta, argumenta esses manos Com lorota lamenta passado escravo a poucos anos Mal sabem que a Europa fora escrava dos muçulmanos Humanos são lobos de humanos e eu quero nascer no meio De brasileiro que o tempo inteiro fala bosta Com proposta de cota sem que o esforço seja o meio Para subir de onde veio batalhar é a única proposta Até onde o corpo suporta nos somos homens Depois disso é só pra loucos com força de morsa O limite transmite dor e os fracos somem Poucos em vida serão caveiras, isso é só pra casca grossa