Pela brutalidade, de versos e de lares Pela conseqüência da mais débil canção Pela voz do gueto, Pelo povo preto De ruas e favelas que tanto pisei Pra quem quer ouvir, Cantar e repetir Coisas que relato como a paz e o poder Só pra quem já viu, Na pele já sentiu O açoite da policia, maldição dos novos tempos Mas eu não vou pro radio ,Na corrida de ratos Só relato o fato como o flash no palhaço Se falo do planalto,to com a mão pro alto Da pra ficar quieto enquanto dito meu relato Em Brasília tem PT, PSDB, MST, CV e PCC Marcinho VP, Yuca na TV, o que eu quero ver Censuraram ninguém vê Será que sou otário, mais um alienado Que vota no Lula e nem se liga no plenário Sujeira no Senado, no judiciário Fátima Bernardes no noticiário "...foi encontrado morto essa manha em uma lata de lixo dentro da prisão de segurança máxima de Bangu 3..Rio de Janeiro....ele era acusado pelo próprio comando vermelho de relatar detalhes da quadrilha para o jornalista Caco Barcelos...o traficante tinha ligação com o musico Marcelo Yuka que freqüentava o Morro Dona Marta antes de ser alvejado por tiros..." Reação em cadeia, delírio de um povo Cravejado, fadado a ser um tolo O zumbi, marionete do estábulo do medo Na rua 2 jogado no buero Abuso de poder, escândalo abafado O filho do doutor condenado a ser drogado O efeito sem morfina do remédio tarja preta É a podridão do veneno-etiqueta Mas fazer o que Não vou virar bandido Resgatar o que Faltou ser entendido 10 anos se passaram Desde que comecei Essa guerra Lâmpada para os meus pés... Pra conseguir vencer essa maré Contra todo mal desejado Contra todo mal desejado De novo to aqui de pé E quero ver vencer é fé Contra todo mal desejado Contra todo mal.....