Eu não entendo esses sambistas da antiga Cujo tema do seu samba é uma mulher uma amiga Um grande amor sofrido que só deixou saudade O homem nunca é bandido É da mulher a falsidade Eu não entendo esses poetas Que nos chamam leviana Mandam embora a todo custo Toda hora um reclama É uma tal de dor tamanha Um desejo de vingança Será que fomos tão malvadas? Não lhe demos confiança? É que eu acho esses sambistas e poetas geniais Só não entendo porque as mágoas e as mulheres são iguais Eu não aguento mais! Ser a pecadora arrependida, a traidora, a bandida O grande mal da tua vida Eu resolvi essa questão assim Não sou Amélia, nem Anália, nem Copélia E de sandália sambo todas E ainda toco na cadência Não lhe devo obediência Agora só de sacanagem, meu bem É a mulher quem vai ditar a malandragem