Vou voltar de novo pra terra querida Na querência amada onde eu nasci Vou rever os lindos campos verdejantes Que ficaram distantes bem longe daqui Na minha chegada vou ficar contente Ficando ausente não vou resistir Pra matar a saudade que estou sentindo Estou despedindo, preciso partir Vou chegar em casa já de madrugada A lua prateada sobre a imensidão Deixando o seu brilho sobre o meu caminho Vou chegar sozinho de mala na mão O sereno caindo e relva molhada Lá na invernada o gado berrando No jequitibá na beira da estrada Quero ouvir de novo o sabiá cantando Quero estar ao lado dos meus velhos pais Porque não esqueço deles um só momento Talvez algum dia eu volto pra cá Por ter amizade e conhecimento Preciso encontrar a prenda querida Que fica me ouvindo com o rádio ligado Quando eu estou cantando ela está chorando Seu rosto tão lindo de pranto molhado Eu quero abraçar meus velhos amigos E os companheiros do tempo da infância Recordar de outrora que eu tive aqui Com lindas meninas naquela festança Meu grande prazer é encontrar de novo Todo aquele povo que me viu crescer A minha promessa tem que ser cumprida Na terra querida eu quero viver