Ela era viúva e mãe, sua riqueza, um filho Rica era também em pranto, que aos olhos lhe dava brilho Brilho e uma dor profunda, como é das mães a dor Levam dela seu tesouro, sem vida, frio, sem dor E tu chegas peregrino, com olhos de ver além Teu olhar encontra o dela, brilham teus olhos também Olhos de misericórdia, olhar de estranho brilho Quantos filhos filhos, quantas mães, vês nessa mãe, nesse filho Quem és, quem és, Peregrino de Naim Teus olhos falam de amor, misericórdia sem fim Teu olhar parece ler, toda dor que vai seguindo Parece saber o gosto do pranto que vai caindo Cheio de dor e de pena, pedes prá mãe não chorar E contigo a esperança, parece também chegar Com voz de misericórdi chamas o filho à vida A mãe chora mais seu pranto, já não é de mãe sofrida Alegria de Naim que poder será o teu Que faz o brilho voltar, ao olhar de quem morreu Eu sei, eu sei, alegria de Naim Teu poder chama-se amor, misericórdia sem fim Lança hoje o teu olhar, a tantos olhos sem brilho A tantos filhos sem mães, a tantas mães sem seus filhos Aqui perto é Naim, numa rua sem amor É filho morto vivendo, mãe viva morta de dor Filho pródigo distante, filho drogado escondido Talvez na na prisão chorando ou no pecado perdido Ó bondoso peregrino, misericórdia sem fim Dá de novo vida aos filhos, das novas mães de Naim Só Tu, só tu esperança de Naim Podes dar ao mundo amor Misericórdia sem Fim