Quando penso o que passei, fronteiras de solidão Tinha pra dar e não dei, olhei pra trás e pensei Não tenho nada na mão Tive tempo e não senti, tive amores e não amei Os amigos que perdi, e as loucuras que vivi São tantas que já não sei Quem eu era, quem sou e quem pareço Se alguém hoje me espera, com certeza, que mereço Mereço ainda, amor tua presença Par'enfrentar a vida, com a ternura, dos quarenta Foram tantas as idades, da vida que atrás deixei Não quero sentir saudades, vou em outras amizades Amar o que não amei Os copos que não bebi, os discos que não toquei Os poemas que não li, os filmes que nunca vi As canções que não cantei Meus amigos, importante é o sorriso Para seguir viagem, co'a coragem, que é preciso Não adianta, deitar contas à vida A ternura dos quarenta, não tem conta, nem medida Não adianta, deitar contas a vida A ternura dos quarenta, não tem conta, nem medida