O retrato de minha terra É uma paisagem que eu faço parte Tem um verde que me enche os ôlhos Parece uma obra de arte E vai chegando a tardinha Quando o pampa adormece Me ponho a olhar para o horizonte E a saudader aparece (Centado lá na varande Kuiá e chaleira na mão Logo me lembro da terra De onde veio este peão) Esse retrato da vida Tem cheiro de liberdade Com bolhadeira do tempo Vou maneando a idade Cavalguei nessa estrada Nasci, vivi e vou morrer Mas deixo sempre a minha marca Em tudo o que vou fazer