Afirme o pé, companheiro Bambeia o nó da gravata Nós vamo cantá um pagode Que chegou na hora exata Por aí tem um caboclo Quando canta me maltrata Eu vou dá minha resposta E não é muito pacata Vou tratar meus inimigos Do jeito que eles me trata Tenho dó desse coitado Eu deixo que ele se bata Com sua língua nos dentes Com modas que desacata Na escada do sucesso Ele subiu dando rata A queda dele foi dura No tombo quase se mata Não acerta mais um passo Está jogado pras barata A verdade é cristalina É igual água de cascata Essas modas de abatê É uma coisa muito chata Não falar mal dos colega É a coisa mais sensata Esses violeiro invejoso Reclama da sorte ingrata Pros escravos da inveja O meu pagode é uma chibata No lugar aonde eu canto O povo todo me acata Sou querido das morenas Das loirinha e das mulatas Ganhei medalhas de ouro Não contando as de prata O Brasil inteiro fala Dos violeiros eu sou a nata Onde eu canto o meu pagode Meu sucesso é na batata Sou um leão africano Quando dá um grito na mata Os bicho pequeno corre Igualzinho um vira-lata No lugar que pisa o leão Cachorro não põe a pata Nossa coroa de rei Quero ver quem arrebata Nossos laços de amizade É um nó que não desata