Oto Borges

Farrapo

Oto Borges


Tens na vida a mania
De ser diferente
Andava a sempre a fazer pouco caso de mim
Chegaste mesmo a dizer
Que eu não era decente

Mas o destino é cruel
E a sorte é assim
Farrapo, tu vida é um trapo

Quanto mais na bebida
Tu buscas guarita
Mas fogem de ti

Farrapo, tu que foste tão guapo
Hoje vive chorando
Teu males cantando
Fingindo que ri
Cadê este orgulho que foi teu?
Que até ponto desceu

Farrapo, tu vida é um trapo
Alguém que na teu mundo morreu