Eu recordo com muita saudade do lugar onde eu fui nascido Nossa casa na beira da estrada e um jardim bastante florido Ali eu vivi algum tempo com meus pais e também meus irmãos Para mim tudo era beleza, nosso pedacinho de chão Minha Mãe no trabalho de casa e o meu Pai desbravava o roçado Trabalhando o dia inteirinho e a tardinha voltava cansado E nas noites enluaradas, a viola de pinho ponteava Entoando as simples canções, que ele mesmo fazia e cantava Procurando uma vida melhor meu querido sertão eu deixei Para uma cidade distante toda minha família levei O conforto da cidade grande, com o sucesso eu pude alcançar Mas confesso que nunca esqueci minha gente que deixei por lá Ao rever minha terra querida vejo que tudo foi transformado A lavoura virou invernada, nosso Carro de Boi tá parado Até a estradinha de terra, com o asfalto ficou na saudade E com ela os Peões Estradeiros que já foram pra eternidade Minha Casa também derrubada, o Paiol de Madeira acabou Só ficando ali por lembrança o que da Natureza brotou É um lindo pé de Aroeira, por favor, peço pra não cortar! É um Marco da minha História que agora acabei de contar