Me criei ginete, conheço o macete De tira o cacoete desses caborteiros Depois que amunto, encurto o assunto Só se eu for junto, se vai ao potreiro Se é xucro me anima de saltar pra cima E fazer uma rima de mango e chilena Montado forcejo e dando no encejo Eu atiro um beijo, pra alguma morena Em pêlo ou no areio, não faço floreio Não há tempo feio, eu bato sorrindo Corcóveo me inspira, que eu caio é mentira Quanto mais se atira, aí que eu acho lindo De pala no braço, eu dito o compasso A berro e mangaço, bailando no ar Me sinto em fandango, no meio de um tango Derrubando o mango, pra o maula dançar Desbaldei um oveiro, este é passarinheiro Que ficou parceiro, pra montar sem medo Com sol ou orvalho, me leva ao trabalho Vou jogar baralho lá no chinaredo Cabalo mal feito se é torto endireito E exijo respeito, pra fazer o que eu faço Da morte me escondo, não desço com o tombo Sé apeio do lombo pra ganhar um abraço Não me assusta nada, sou da gineteada Qualquer um me agrada, xucro ou redomão Não creio em malino, Deus tem meu destino Só um pealo divino, me joga no chão.