Eu cheguei numa fazenda fui direto ao patrão A procura de serviço pra fugir de uma paixão Ele logo perguntou qual a minha formação Eu respondi sou formado na lida bruta de peão. O patrão foi me falando aqui o sistema é duro Tem que lidar com boiada e quebrar queixo de burro Mostre-lhe os calos das mãos e as queimadura de laço Isso aqui são os resquícios dos trabalhos que eu faço. Levei um pealo de amorna campereada da vida To buscando esquecimento pra esta paixão proibida. Fiquei de peão da estância me arranchei com a peonada Lidando de sol a sol na mangueira e na invernada Eu recusei do patrão o cargo de capataz Eu tento esquecer na lida o amor que deixei pra trás. Pra não lembrar da mulher que já pertence a outro Eu me avanço no serviço e trabalho feito um louco Pra não cometer loucura por causa d aquele prenda To trabalhando de peão deixei minha própria fazenda. Por vezes de madrugada me acordo lá no galpão Perco o sono e me levanto com ela no coração Fico olhando as estrelas e a lua clareando o campo Chego a rezar pra esquecer a mulher que amo tanto. O destino caprichoso preparou-me essa armadilha O amor não me dá direito pra destruir uma família Me ausentei da fazenda e deixei de ser patrão; Buscando esquecimento to trabalhando de peão.