A minha lama gaviona tapada de descaminhos Não pode ouvir uma cordeona que pula fora do ninho Sou um taura confinado um parceiro de fé Salto de cuio cravado num choro de chamamé. Volteando as léguas no tempo de baile fiz meu passado Que venha chuva com vento que eu vou de rosto colado. Tem gente que espera o céu nos puxadinhos das casas Pra mim o rancho é o chapéu que noite a fora se vaza Num trote aquebrantado escoro as torras da vida E acho de olho fechado os rumos pra minha saída. A bandeira que carrego traz no brasão canto e trago E por nada já me entrego pra algum cambicho formado Em cada surungo novo eu vejo um pouco de mim É a tradição do meu povo que jamais há de ter fim