Sabem o porque, de todo o dia, eu tá pilchado? Seco ou molhado, o tempo é indiferente Dentro do peito, vem a honra do meu pago Que à lo largo, é o carinho da minha gente Venho da cêpa mais crioula do Rio Grande Onde se expande, um motivo e uma doutrina Berço da história, sempre em lombo de cavalo Pra deixar claro, que aqui não se dobra esquina (Me orgulho em ser gaúcho E o meu céu é mais azul Pois eu nasci, nos pagos do sul Pois eu vivi, nos pagos do sul Porque nasci e vou morrer no sul Porque vivi e vou morrer no sul) Minhas madrugadas, têm o chiar da chaleira E é galponeira, minha arte e o meu legado Eu sou peão, das palavras do meu pai Meu evangelho no presente e no passado E este guascasso, do minuano na minha cara É coisa rara, de um chão que Deus abençoou Se tem porteira, lá no céu, ela abre aqui Pois pedigree, para mim, nunca faltou