Galpão que em dia de inverno É o abrigo rude e terno,da peonada ao pé do fogo Galpão trincheira os ventos Do tempo e seus elementos, lá fora fazendo o jogo Galpão do peão que levanta Na hora em que o galo canta, nas madrugadas alerta Galpão que ao rumor de esporas Traz para dentro as auroras do Rio Grande que desperta Galpão de mínimos luxos Que serve para os gaúchos, como altar de comunhão Dando ungido de fumaça Bebem na cuia que passa, a seiva da tradição Galpão que é pátria mirim Que eu levo dentro de mim, no mundo por onde eu ande Galpão dos campos do fundo Da imensidão deste mundo, és meu porque és do Rio Grande Galpão que é pátria mirim Que eu levo dentro de mim, no mundo por onde eu ande Galpão dos campos do fundo Da imensidão deste mundo, és meu porque és do Rio Grande