Patrão velho, muito obrigado, por este céu azul, Por esta terra tão linda, pelo rio grande do sul; Por ter me feito gaúcho, que veio deste lugar; E a lua cheia surgindo, fazendo guascas sonhar. Muito obrigado, pelas andanças do pago; Pela chinoca faceira e o gosto do mate amargo. Patrão velho, Muito obrigado pelos fandangos de galpão; Pelos domingos de rodeio, Nos campos do meu rincão; Pela geada caindo tornando em branco o capim; Por esta chama rebelde Que queima dentro de mim. Muito obrigado por estas almas andarilhas Que como o vento minuano vagueiam pelas coxilhas.