Os Mateadores

Sou Queixo Duro

Os Mateadores


Sou meio quebra, não me assusto por bem pouco
Grande e pitoco, passo o couro e mando a cria
Pingo maleva costumo ajeitar no braço
Depois do puaço ele perde a rebeldia

No lombo do pingo sou doutor
E se for preciso, peleador
Sou basteriado e acostumado ao minuano
Destrincho a lida com destreza e com amor

(Eu sou campeiro, sou posteiro, sou
Sou queixo duro em liberdade
Eu vivo a vida solto como o vento
Criado na simplicidade)

Se eu escuto o toque de uma cordeona
Bem respondona, minha voz pula do peito
Lidar no campo, faz parte do dia-a-dia
Mas por folia faço versos do meu jeito

Gosto da vida e de tudo que vem com ela
Não tem tramela na porta lá da morada
Chegue quem chegue sempre é bem recebido
Sem cerimônia, tem comida e tem pousada

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